Orvalho

Tua recordação jaz entranhada

em cada simples célula da vida,

brilhando qual película orvalhada,

resplandecendo até a dor vivida.

De gotas de lembranças impregnada,

qual lágrimas alegres já vertidas,

solta-se o doce aroma da esperada

flor que já desabrocha para a vida.

São sentidos despertos para amar,

alvores de saudades desse tempo

em que juras de amor sabias dar...

Quando a estrela brilhar no firmamento

refulgindo a simbiose deste lar,

é o orvalho da flor que cede ao vento.

Sintra, 10/06/2006

António CastelBranco
Enviado por António CastelBranco em 01/07/2006
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