Despedida de mim mesmo

Querida sempre sinto-te presente

No soprar da aragem na madrugada,

Mas era mera quimera vergastada

De pesado pesar, e este é ingente,

O tempo se distorce em inclemente

Desejo que se inflama na alvorada

Como o sol seca o rocio na calçada

Que muitas vezes fora paciente

Secastes minhas lágrimas vertidas,

Tu me viste lançar frívolos desejos

Ao jugo desta torpe e triste aragem

Que passa desnudando na paisagem

Tua face gargalhando vis motejos

De mim caído com flores fenecidas!...

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 13/10/2009
Código do texto: T1864601
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