Soneto – Paródia

Soneto – Paródia

Um mancebo na erva se demora,

outro bêbedo passa noite e dia,

um tolo pr’o partido viveria,

um toca guitarra, e esse namora.

Um outro que uma gente má ignora

faz da “NET”, no fim, sua família,

outro toma solvente e se vicia...

Quantos moços perdidos vejo agora!

Oh! Não proíbam pois, no meu estudo

esses versos de ultrapassado ofício:

Velharias literárias que me meto.

N’uma balada um canto d’alma escuto,

de Azevedo invejo seu artifício!

Oh, deixai-me acabar o meu soneto.