Maré Cheia

Mar revolto e sem fronteiras

Ondas esbravejantes num ressoar

Arrebentam nas praias costeiras

E nos íngremes rochedos, sem parar

No silêncio, se faz ouvir

A voz da solidão gritando

O corpo inteiro sacudir

No vento do mar soprando

No horizonte perdido, o infinito

A maré calma, já quase cheia

O dia ensolarado, já é finito

Deslizando tal uma sereia

Num movimento tão bonito

Chega, de mansinho na areia.