Poema de Amor - Soneto

Que cada verso que eu declamo agora declare o meu amor.

Num bálsamo a navegar em águas calmas.

E eu, calmo, a declamar versos.

Sem nem pensar e nem pesar em cautela.

Como pode ao desdém levar o homem?

E bem além, muito além elevar a alma?

Como o tal sentimento que se sente

ao se encontrar quem ama?

Bem sei, não sei, nem mesmo sei

Sei tudo, mas me falta o que me cabe.

E assim, sem tê-lo, eu hei de ser.

E assim, às vezes só, hei de viver.

E viver, hei de viver ainda incompleto.

Mas completo um poema de amor.

(Ismael Alves)

Ismael Alves
Enviado por Ismael Alves em 24/10/2009
Código do texto: T1884435
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