Fonte da Vida

Na bela fonte de água cristalina

refrescam-se esses lábios tão sedentos

de sonhos orvalhados com unguentos

de amor cristalizados na retina.

Salpicos de paixão numa ocarina,

suspiros que se soltam num lamento,

são gotas luminosas que apascento

nas ondas de um rebanho de neblina.

E sem parar a fonte vai vertendo

líquida luz em lágrimas de cor,

para regar de um modo estupendo

os corações turvados pela dor.

E se afastando as trevas num crescendo,

jorra de vida a fonte desse amor.

Sintra, 29/06/2006

António CastelBranco
Enviado por António CastelBranco em 06/07/2006
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