COMPLACÊNCIA

Na desesperação dos descaminhos,

trafego em alamedas, cruzo ruas...
Alma entristecida com as mãos nuas,
perambulo errante pelos caminhos.
 
Presente nesta vida pago caro,
por dores que deveras não causei,
são mágoas que decerto não busquei.
O sono ornado em paz então preparo.
 
Sombras de outras vidas pairam no ar.
Dores d’alma do que fora decerto.
São contas que vivemos pra acertar.
 
Não deixarei por aqui nada pendente,
tristezas e dores amargarei por certo.
Deus será com meu dano, complacente.
 
 
 
 

 



Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 29/10/2009
Reeditado em 29/10/2009
Código do texto: T1893932
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