Entre Cortes

Guelras prolíficas as tuas

A procriar em mim, espantoso desafeto

Tornam improdutivas as estrelas nuas

Flutuam com carga de chumbo no teto.

As avelãs as quais colho nas manhãs

Metáforas espadaúdas, ressabiadas

Fazem-me recolher as anãs

Restam cadentes, emoções esvaziadas.

Meu progresso estupendo e onívoro

Exaure como nuvens sem vergonhas

Destas a aparecerem nos sonhos, nas fronhas.

Minha dedicação defectível é prata

O bronze que o pôr do sol desnuda

Minha inquietude ata.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 07/07/2006
Reeditado em 13/09/2007
Código do texto: T189579
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