Que não me cobre nenhuma flor catalogada,
O soneto que dela é por justo merecimento.
Ou outra flor, que não tenha sido batizada,
Para  estas não chegou ainda o momento.

Não me cobrem, Oh! Amores de tempos idos,
Aqueles poemas que não vos fiz na ocasião.
Pois que versos são como filhos produzidos,
Nos momentos em que explode uma paixão.

Que não me cobrem os idealistas exaltados
As baladas heróicas que afinal eu nunca fiz,
Pois tais virtudes de guerreiro eu não tenho.

Todos merecem meus sonetos mal traçados,
Mas só uma mulher que me fez ser tão feliz
Conseguiu  tornar fecundo o meu engenho.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 02/11/2009
Reeditado em 16/02/2012
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