Abandonada solidão.

De toda solidão quero abster-me,

E há de se cumprir, esse desejo,

Levando o sentimento malfazejo,

E de todo esse vazio, hei de livrar-me.

A alegria, de morada, há de fazer-me,

E a tudo, hei de dar, maior ensejo

Volvendo para vida o bom traquejo,

E de novo, do amor, hei de encartar-me.

Terei assim, a fantasia, a iluminar-me

E a esperança, receber num doce beijo,

Deixando-a, num abraço, acalentar-me.

E não há mais, a solidão, de alcançar-me,

Visto que, a ela, não darei mais meu gracejo,

E nessa vida vou tratar de embrenhar-me.

(Mª Cecilia)

Obrigada por sua magistral interação Mario.

De dar, à solidão, algum ensejo,

Padece o coração que tanto ama,

Mas ao manter, do amor, acesa a chama,

A cura se apresenta, num lampejo.

(Mario Roberto Guimarães)