Soneto de desassossego

Sandra M. Julio

Cante a luz que ilumina o caminho

Dessa nau a navegar em desalinho,

Percorrendo o desejo e o carinho

De o universo ser seu ninho.

Fale sim, sorria... cante... sempre com emoção,

Deixe fluir os sentimentos que habitam seu coração.

Quanto à morte não se importe,

Não refute, nem relute.

Viverás eternamente... num poema inconseqüente.

Ludibriando o tempo insolente

Que diante do seu verso, torna-se impotente.

Permita-me encontrá-lo no azul da sua saudade...

Entre nuvens morosas e estrelas luminosas...

No desassossego desta nossa realidade.

Sandra

20/05/04

Sandra M Julio
Enviado por Sandra M Julio em 16/11/2009
Reeditado em 23/08/2010
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