DESÉRTICA ILUSÃO 
 
“Vão as aves num voo de solidão
Tudo que me chega é só uma ilusão
E este mar no meu pranto é um deserto!...”
 
Arão Filho
 
Na revoada ao peito da saudade,
Eis as aves por essa imensidão,
A ave da esperança e da vontade,
É a primeira a deixar o ninho então...
 
Logo após vai-se a ave da amizade,
Aventurar-se ao mundo em construção,
E a cada descoberta, o amor a invade,
Saudosa fica àqueles que se vão...
 
E a ave do amor quando se aporta,
Aninha-se de pronto – se combina.
Só vai-se quando está já fria – morta;
 
Uma ave permanece... – na ilusão...
Na sombra – em meio às aves de rapina,
Num mar feito pranto e solidão...
 
 
09-17/11/09

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Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 17/11/2009
Reeditado em 17/11/2009
Código do texto: T1928839
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