Ao Recife

Da várzea até o bairro do recife antigo

Eu observo um rio quase morrendo

Da sua lama uma cidade vai crescendo

e nessas águas turvas encontro um amigo

Hoje, contemplando o dia amanhecendo

Comungo do mesmo vinho que um mendigo

Ele bebe por não ter nenhum abrigo

E eu apenas estou me entorpecendo

Sob as pesadas sombras da minha cidade

Sinto sempre uma calmaria angustiante

Misturar-se a uma inexplicável saudade

Temendo talvez o trágico instante

Em que o destino por vontade

Afastará daqui a minha alma errante

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 18/11/2009
Reeditado em 18/11/2009
Código do texto: T1929856
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