soneto
Soneto
Dentro do teu corpo quente e sagrado
quero ficar em eterno abandono
ser de tuas paredes gulosas,dono
sentindo-me enfim vivo e saciado
E sei que tuas carnes perfumadas
não se oporão ao meu ardente domínio
abismos se abrirão para o declínio
da minha rígida e feroz espada
talvez num ultimo lúcido instante
do suor em nossos corpos transcrito
erga-se tua alma fria e vigilante
e tente reter meu falo com um grito!
porem no teu ventre em gozo jorrante
eu ja morarei por todo o infinito.