Soneto de quem respira de amor!
Diga-me, amor amigo, o sonho
que esta noite ousamos sonhar
Conte-me! Em qual das imensas estrelas
foi ele por-se a esperar?
Segredo-te, andrógino amigo
que ao abraçar-te, sinto arco-íris
E admito que somente contigo
Porque amor também sentires!
Sabes então de que comento
Neste breve lamento, não fique rubra a cor!
Sabes então a tristeza... o tormento...
Que fui eu, pobre amante, a ti me por
De sentir, com furor, tão forte sentimento
Condenados para sempre a viver de amor!