Dama da noite

Provo noites repletas de mistério

Nas madrugadas sonho um sonho vácuo,

Ver-te deixa meu peito num vão fátuo

O que era um sentimento tão etéreo!...

Em meio à vã neblina de meu tédio

Tão livre tu bailava em torpor árduo

De um rosto tão formoso e tão supérfluo...

...Tornou-se um sentimento fugaz, néscio...

Dama da noite, dama de um açoite,

No vento, num bailar tão imponente,

Face do amor que tanto me desdenha

No céu face cruel que se desenha

Doma meu coração tão imprudente,

Clamou-te no silêncio da meia noite!...

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 06/12/2009
Código do texto: T1963554
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