Dragão da Saudade

Sou dragão de metal a voar alto,

Sou sem lei, sou sem rei, não tenho lar.

Passo noites em claro a navegar,

Na fronteira entre o Céu e o Planalto...

Sou dourado de escamas de cobalto,

E minhas asas abraçam todo o mar!

Como um laço enroscando no luar,

Oriente dos olhos teus, exalto.

Pois sou cá o dragão da nostalgia,

Que, a viver flutuando pelos ares,

Brilha o sol faiscante, quando é dia.

Uma Musa e um Bardo me salvaram:

Quando os dois se encontraram em amares,

A paixão pura meus olhos lavaram.

BOI, Déia Tuam, Amanda M. e Gabriel Rubinger