Seu nome, ó mulher!

O seu nome, ó mulher é tão sagrado!

Que não posso aqui ao menos revelar.

Traz-me à mim uma magia, traz um fado,

Que só passo a minha vida a cantar.

O seu nome, ó mulher já é falado!

Que procuro à quem o pode anunciar.

Não fui eu, juro por Deus, sou seu amado,

Minha sina é para sempre o ocultar.

Se um dia eu ouvir falar seu nome,

Vou saber quem o tirou do anonimato.

Essa angústia, rude dor só me consome,

Digo aqui que é de razão, direito e fato,

No seu nome não tem o meu sobrenome

Vida inteira fui o seu amante nato.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 23/12/2009
Código do texto: T1992087
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