De sêmem a pô , serás o nada .

Nuvem negra que tapa olhos de mortal ,

Onde a visão nem aos mais puros existe

Acaso não percebeu a turbulência corporal

Nesse misterioso e enigmático destino triste ?

Sófrego refugiado vindo da escuridão ,

Com as mãos cortadas a sangue frio.

Sera que esquecestes o gosto da vermelhidão

ou perdestes o jeito de ser o vil ?

Torto orgânico é teu sistema ,

Tua dor é forte e nunca amena

- Irá chorar , irá sofrer !

Irá sangrar , irá morrer !

Então escuta , de mãos atadas ,

De sêmem a pó , serás o nada .

Humberto Flores Camargo
Enviado por Humberto Flores Camargo em 23/12/2009
Reeditado em 23/12/2009
Código do texto: T1992455
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