Soneto de esquecimento

Rogo ao pai por teu esquecimento

E infame sou por tamanho devaneio

Mas se esquecer possa vós... esqueça!

Lembre-se apenas do amor que te semeio

Não te faças tão forte

Na fraqueza de amar está o poder

E se esquece das lembranças

Não vos esqueça de esquecer!

Esqueças de devolver-me o que te dei

Guarde-o contigo para um dia

Poder dar-me o beijo que sonhei...

E se cumprir venha tal ousadia

Por favor, esqueça-vos que te roguei

Porque assim teu coração me lembraria!

dhália
Enviado por dhália em 22/07/2006
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