Soneto de coração que aprendeu a amar
Agora sim, coração, fostes sabido
Aprendestes enfim que mal de amor não cura
Foram tantas as dores que te causaram
Agora sim! Evitas por fim a desventura!
Há muito preocupado estava
De ver-te novamente ao amor se entregar
Mas ‘inda que te vejo agora
Tu podes coração tão falso amor abdicar!
Comemora, quem chega é tua felicidade
E não vá dizer que foi tudo em vão
Toda a dor que vivestes desde a tenra idade
Está teu antídoto! Canta, grita, vai ao chão...
Pois se não se encantou por esta tal novidade
É que vos digo: - Estás curado, coração!