Soneto de coração que aprendeu a amar

Agora sim, coração, fostes sabido

Aprendestes enfim que mal de amor não cura

Foram tantas as dores que te causaram

Agora sim! Evitas por fim a desventura!

Há muito preocupado estava

De ver-te novamente ao amor se entregar

Mas ‘inda que te vejo agora

Tu podes coração tão falso amor abdicar!

Comemora, quem chega é tua felicidade

E não vá dizer que foi tudo em vão

Toda a dor que vivestes desde a tenra idade

Está teu antídoto! Canta, grita, vai ao chão...

Pois se não se encantou por esta tal novidade

É que vos digo: - Estás curado, coração!

dhália
Enviado por dhália em 25/07/2006
Reeditado em 25/07/2006
Código do texto: T201538