Nos campos da utopia

Nos campos da utopia

Como o sol renasce, à luz de cada dia

Minha aurora está na hora em que você

Chega iluminando com sua alegria

A feição, sombria quando não a vê

Quando chega a noite, tento na tevê

Encontrar a luz que vejo nos seus olhos

Mas somente eles logram me entreter

Ao me ver igual se fossem dois espelhos

Os seus olhos tingem ao me olhar, vermelhos

Mas os meus, tão velhos, custam a entender

Lentos, pois as lentes e a miopia

Temem os estragos que o amor faria

E, sem nem tentar, desisto de empreender

Pondo-me a sonhar nos campos da utopia

(Djalma Silveira)