Soneto Inquietante

Efígie sinistra da morte, trágica amiga!

És a cara da sombra imortal ceifando

O silêncio observa o sofrer que castiga

A tua agonia execrável te consumando.

Sofres por Amor, uma semente antiga,

Morrer no padecer certo chorando

Ouves o bramir de dor que te obriga

Repouso sevo, no delírio pairando.

Inquietante ensejo, que tanto me acossa;

Interrompa o lerdo brado que murmura,

Como lei o Amor na seiva da loucura.

Se não te esqueço este Amor não cessa

Conheço o mal, mas ignoro a cura,

Quero desejar-te alegria com ternura.

Herr doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 25/07/2006
Reeditado em 26/09/2008
Código do texto: T201651
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