Soneto de quem espera o amor
Eu vos conto, Eros, o sonho
Que tão ferozmente está qual punhal
E não me negues esta cor, este plano
Vem cá! Põe-se um pouco a escutar um mortal!
Não vês, Eros... te rogo, te imploro
Por Amor ser bem consagrada
E não vês... de tão cego não notas
Que faz-se meu peito tão doce morada?
Mas entendas que te peço! Aceita!
Te louvarei a cada vida do meu dia
Já agora, de feliz, se meu peito aperta
Da-me o amor que te peço... Traz-me alegria
Mas só quero um amor se for um poeta
Mas só quero o amor se ele for poesia!