"C R E P Ú S C U L O"

Esse pavor nasceu na madrugada

Do tempo prometido, que surgia

Aonde a eternidade é quase nada

E o nada, sempre nada, eu não sabia

Nadar na correnteza que fazia

Pensar em tanta água de braçada

Poder vencer, mas sei que não podia

As lágrimas que chegam na enxurrada

Banhando a noite fria enluarada

Gelada como a bunda de uma gia

Que cria uma ilusão desfigurada

Deixada de seu corpo em letargia

Sabia qu' essa alma apavorada

É de nada, e vencer não poderia...

Homenagem aos que partiram, do "cais"

de Angra dos Reis/RJ, nos primeiros

minutos do primeiro dia do ano "novo"...

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 12/01/2010
Código do texto: T2025625
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