Correntezas

Tão longe que o sombrio negro me trouxe...

Vem comigo - e me nega a intuição,

Até às almas tristes de um rio doce

Que, presas às correntes ficarão.

E a elas seguirão, no eterno agora,

A dor de um grande amor chorado ali,

Onde nenhum mais cabe ou se demora

E parte da minha alma que perdi.

Se diviso algo vir em meu socorro,

A jovem dor não deixa compreender.

Parar! Por que parar? Sou eu que morro!

E, por mim, se ele um dia suspirou,

Há de saber da morte do querer

E meu morrer da vida que restou!

Canoas, janeiro de 2010/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 13/01/2010
Reeditado em 07/03/2010
Código do texto: T2027963
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.