Pouco juízo

De novo, entro nesse mesmo duelo:

vou escrever um soneto, inteiro,

hoje, com muito interesse e desvelo,

sem, dos símbolos, o seu primeiro.

Tolo quem por isso se convenceu,

dizendo que é impossível, difícil,

ou, sem o desejo de se comprometer,

dizer, então: imperfeito, desperdício...

Provo, por tudo que for preciso,

o bom desfecho, do que se discursou,

deste escrito que tem pouco juízo...

Posto isso, nos versos, só sobrou,

como o melhor de todos, o bendito,

este propósito, o seu único quesito...

Oswaldo Genofre

Observação: Todo este soneto foi escrito sem em nenhuma de suas palavras fosse usada a vogal "A".

Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 14/01/2010
Reeditado em 14/01/2010
Código do texto: T2029298
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