Novo dia

Bebi o torpor do cálice da morte

Sequei a última lágrima num lenço

Despeço-me do amor que foi pretenso

Agora voa ao vento à própria sorte

Cessou-se o coração que batia forte

Confundido por um beijo louco e intenso

Fez-me escalar um céu celeste imenso

Quero que teu formoso cais me aporte

Correr por manso prado florescente

E me aspergir sereno pelos céus

E viver minha vida desprendido

Do desejo de te amar tão desmedido

E as nuvens formarão formosos véus

Onde nós luziremos ousadamente...

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 14/01/2010
Código do texto: T2029907
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