O Nu


Os olhos vêem um corpo nu
Abstraído do dia-a-dia
Visto, sem ser sentido
Sem sentido, torna-se o corpo nu.

O sol nasce cobrindo o corpo e mudando a cor da pele
Pele que de alva recebe a cor da veste
Que o sol cobre tornando-a rubra
E aos olhos ainda permanece nu

Nu artístico, que os olhos despem
Além do que é visto
E num toque, num sonho, torna-se sensível

Sensível ao ato das mãos que o tocou
Mãos que tateiam ainda no imaginário
O belo corpo que a noite cobriu de orvalho.
21/01/2009
Eliane Auer (Moça Bonita)
Enviado por Eliane Auer (Moça Bonita) em 21/01/2010
Reeditado em 23/12/2010
Código do texto: T2043456
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