O CLAMOR DA NATEREZA

Valha-me Nossa Senhora o mundo está se acabando
As chuvas não vão embora é tanta gente morrendo
Descendo nas enxurradas é a natureza clamando
Num grito que dói na alma e bem poucos entendendo...

Pagam justo e pecadores por erros tão repetidos
Que ouvidos de mercadores simplesmente ignoram
Até chegar aos horrores pelo clamor dos seus gritos
Não há muito que fazer se não chorar com os que choram.

Enquanto uns morrem de sede outros estão soterrados
Tremor de terra sacode, de alguns a consciência,
A água avança e deixa inúmeros desabrigados...

O mar revoltado geme sentindo-se desrespeitado
Na sua capacidade e vai invadindo tudo
Implora e ninguém entende que ele está indignado.

Brasília, 28/01/2010