Os bons ventos do sertão

Aqui onde moro é longe do mundo

Mas sempre o vento corre favorável

Entre os galhos içando a voz amável

Colhendo os frutos prontos, num segundo

Os olhos das mocinhas à janela

Tais retratos duma florida tela

Relembram de namoros ao portão

Quando do pai se tinha permissão

O chão, as casas, as pracinhas com flores

Onde os velhos contam de seus amores

Pincelam em mim uma tinta amada

E em meus olhos não caminha mais nada

Já tenho um céu azul, um branco luar

E um bem querer no peito para amar

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 28/01/2010
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