"SONETO à LUA" (Cheia e Linda, de hoje)

Por que tens, por que tens olhos escuros

E mãos lânguidas, loucas e sem fim

Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim

Impuro, como o bem que está nos puros?

Que paixão fez-te os lábios tão maduros

Num rosto como o teu criança assim

Quem te criou tão boa para o ruim

E tão fatal para os meus versos duros?

Fugaz, com que direito tens-me presa

A alma que por ti soluça nua

E não és Tatiana e nem Teresa:

E és tampouco a mulher que anda na rua

Vagabunda, patética, indefesa

Ó minha branca e pequenina lua!

Quando o Vinicus fêz este Soneto

certamente, a LUA não era CHEIA,

branca e ENORME... como agora!

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 30/01/2010
Reeditado em 30/01/2010
Código do texto: T2060696
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