Soneto de amor selvagem

Só pra ti minha deusa de primores

Minha boca amordaço e me flagelo

Dou-te meu tesouro tão singelo

Quero só para mim teus sabores

Ventos se enleiam, cantam mil louvores!

Bailam teus cabelos com desvelo

Teus ardores rompem todo gelo

Deste meu deserto de horrores...

Sim teus rubros lábios deleitosos,

Ó belo olhar celeste esverdeado!

Convidam a prazeres amorosos...

Caio entregue a vós arrebatado

Adormecido em teus seios formosos...

Por carícias selvagens arranhado!...

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 05/02/2010
Código do texto: T2071759
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