Meu corpo alado

 
Afoita em ti debruço e teço ao linho
o firmamento em sons, que à insensatez
faz-me aranhuça ao vil prazer que aninho.
Eivo elemento, à terra afundo a tez.
 
Obsessão és tu meu desalinho,
quero ser luz e sou tua soturnez,
quero ser suco em sulco e sou teu vinho.
Preciso ser-te um grito e sou mudez.
 
Procuro-te nos sóis fervente estrela
e faço-me tua deusa. Almejas vê-la?
Sou teu amargo e doce pensamento!
 
Solto ao teu gosto o mel dos meus cabelos
que ondulam ao teu som. Irás prendê-los?
Tenho asas... no teu céu, sou encantamento!

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 06/02/2010
Reeditado em 12/06/2016
Código do texto: T2073030
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