O céu e o mar...

Era manhã! O sol ardendo em fogo,

Tal como a tocha luminar de empírio.

O mar dolente, glauco, prestimoso,

Quebrava em ondas no eternal martírio!

Fausto adejava, a pomba d´aliança,

Sorvendo aromas das vetustas fontes.

O céu sereno, de um azul que dança,

Tocava o mar, pendido em duas frontes!

- Oh mar profundo a quem eu tanto amo,

Ouves minha voz nas vezes que te chamo?

Por que entre nós há uma distância grande?

- O céu airoso, tens astros tão belos!

Manto azuláceo de ardente´ anelos!

Esse infinito chama-se horizonte!