TUDO PASSA

TUDO PASSA

Caminhando, sozinha, na calçada,

não tão sozinha, com a grande amiga

de certo tempo, não amiga antiga,

por quem se encontra agora acompanhada.

O seu passado, que linda jornada!

Enfeitava os salões e, sem fadiga,

rodopiava, alegre, entre a cantiga

dos vates por quem era admirada.

Eram cem, eram mil os seus cantores!

Quanta gente querendo conquistá-la!

A vida era uma festa, um mar de flores.

Ilusões, ilusões para encantá-la.

Quanta saudade tem dos seus amores!

Agora, à mão direita, uma bengala.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 08/02/2010
Código do texto: T2075963
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