TUDO PASSA
TUDO PASSA
Caminhando, sozinha, na calçada,
não tão sozinha, com a grande amiga
de certo tempo, não amiga antiga,
por quem se encontra agora acompanhada.
O seu passado, que linda jornada!
Enfeitava os salões e, sem fadiga,
rodopiava, alegre, entre a cantiga
dos vates por quem era admirada.
Eram cem, eram mil os seus cantores!
Quanta gente querendo conquistá-la!
A vida era uma festa, um mar de flores.
Ilusões, ilusões para encantá-la.
Quanta saudade tem dos seus amores!
Agora, à mão direita, uma bengala.