Para Osília

Pelo 14 de julho de 1991 – ao completarmos 30 anos de casados.

Os anos se passaram, como um sonho

E o calendário diz que foram trinta;

E o recordar de um tempo tão risonho,

Alegrias sem fim, faz com eu as sinta!

Quando os olhos nos teus, eu hoje ponho,

E Deus não vai deixar que eu te, aqui, minta,

Renasce no meu peito, já tristonho,

A chama que, do amor, julgava extinta...

Conserva o teu olhar toda a doçura

Que te acompanha, pela vida a fora...

E aquele teu retrato diz-me, agora,

Que estás hoje, mais bela, ardente e pura,

Pois deu-te o tempo, as formas ideais,

E, n’alma, a transparência dos cristais!

Marcos Coutinho Loures
Enviado por Marcos Coutinho Loures em 02/08/2006
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