O MENDIGO E O BAR
Vejo o bar daqui desta rua
Sem beber por não ter mais nada,
A não ser minha pele nua
Minha pele suja e desarrumada
Eis a minha face diante da multidão
Não me resta nada e cada passo é uma fome
Homem pobre com um dilacerado coração
Mas temeroso que alguém ainda o tome
Daqui desta rua vejo o bar
E sinto a sede de beber, comer
E dormir tranqüilo em um lugar
Mas aumenta a fome ao luar
Vontade de viver e medo de morrer
Ao relento, saem chances de escapar.
WalterBRios
3 de agosto de 2006