Soneto de coração como maldito
Coração maldito... enganador
Quem me pôs em vil paixão?
Esta loucura desentendida
Que não se conhece causa ou razão
Prendeu minh’alma em tal calvário
E no suplicio te roguei piedade
Que me fizeste, indócil Cupido
Destruístes sonhos de tão cruel maldade!
Ah coração que a ninguém pertenceu
Por que tanto martírio, tanta dor?
Se alguém realmente te amou... fui eu!
E causas enfim grande desabor
Um medo que ninguém conheceu
Talvez de um sentimento chamado amor!