DO AMOR NINGUÉM ESQUECE

Não há porque nos envergonharmos
Quando os olhos vertem lágrimas de amor
Quando por amor nos debulhamos
Em prantos tão amargos quanto à dor.

E se pudemos transformar a dor em pranto
Por que não deixar que os olhos chorem
Pode até tornar-se assim um acalanto
Amenizando assim a dor de alguns que sofrem.

E se o pranto quase sempre alivia a dor
Choremos, pois a dor que ele nos causa
Ainda que não nos esqueçamos do amor.

Mesmo porque do amor ninguém esquece
Ainda que um sentimento que maltrata
Nos dá muito mais do que nos pede.


Brasília, 03/03/2010