TEMPLO DA SAUDADE
                                     

À procura de um pouso ameno em minha vida
busquei por toda parte estradas só de amor
para encontrar,sem fé, apenas combalida.
os seres que perdi, tão cheios de candor.

Na esperança de achar a alegria perdida
caminhos percorri, repletos de amargor;
a minha alma, infeliz, mostrava-se doída
e o coração chorava, em busca de calor.

Vendo-me tão sozinha e em tão grande aflição,
eu procurei achar sendas só de piedade,
a fim de cancelar esta desilusão.

Mas, sem rever ninguém, enorme dor me invade
e, sentindo em meu peito atroz desilusão,
eu decidi morar no Templo da Saudade!



                                   (Soneto alexandrino)

Alda Corrêa Mendes Moreira
Enviado por Alda Corrêa Mendes Moreira em 08/08/2006
Reeditado em 07/12/2008
Código do texto: T212247