Soneto da Paixão

Olhar de pêndulo renitente

Sede ademonista do ego

Cabo de força, primeiro tenente

Mofrata enferrujada crava prego.

Sacis desfilam perfume

Dos mais irrisórios valores

Batendo borboletas, tambores

Instar de ápice, coisa do lume.

Despejados verbetes, avio certo

Espadaúdo botruco ácido

Mentiraria de retiro aberto

Pousa no corpo, sol tácito.

Carretel ao limite da corda

Emagra assaz o que o amor engorda.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 11/08/2006
Reeditado em 08/09/2006
Código do texto: T214135
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