*DA SEDE

O pote está cheio e não alcanço água
Passa bem ao lado o rio, a correnteza
A mão desgarrada toca com destreza
O pote vira na boca vai à frágua

Falta a ética na face moribunda
No olhar pedinte o menino revela
Sede, carinho, amor vê na flanela
Fútil vida, que aos poucos afunda

A sede da grandeza que se ufana
Não se oculta é brilho em passarela
Há, se o níquel voasse na janela!

O jarro quebrasse, o rio secasse
E secasse com igualdade e laçasse
A mão que implora, roga e se profana
                                                sonianogueira


Mote da Poesia "On-line"

                                               
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 18/03/2010
Reeditado em 18/03/2010
Código do texto: T2145960
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