AMOR ANTIGO
AMOR ANTIGO
Era um tempo de paz, a poesia
Era escrita na luz dos olhos meus
Mas, pouco a pouco eu fui dizendo adeus
A todo aquele mundo de alegria.
Era um tempo de amor, quando acendia
O lampião em meio aqueles breus,
O meu avô saudava o nosso Deus
E, tirando o chapéu: - Ave Maria!
Navegando no céu, a deusa lua
Clareava a ramagem do arvoredo.
Eu, fascinado: - Como ela flutua!
Quem dera que ela fosse meu brinquedo!
Quem dera ela dissesse-me: - Sou tua!
Seria, para mim, grande folguedo.