Soneto de quem sofre

Devo eu dar graças ao santíssimo

Por ver assim ressurgir do nada

Imundo, mísero, podre de vermes

Um coração que há muito perdido estava?

Ver esse amor ganhar asas

E desse mesmo amor desejar viver

Ver os olhos brilharem e me perdoem todos

Por esse mesmo amor desejar morrer!

Ah, mal que tive em não ser amada

Tristeza de vida minha

Azar do destino... grande cilada

Ver renascer o amor que tinha

Há muito apagado da estrada

Preferia, por medo, viver sozinha!

dhália
Enviado por dhália em 13/08/2006
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