Soneto de lugar que não se conhece
Como podes ser coração
Se na terra ninguém o habita
O que há de povoar-te então
A tristeza que transita?
Não coração, tu és rei
Porque na terra ninguém te encheu
Meu coração que te mostrei
Que nem existe no peito meu
Mas se não digo coração... que digo apenas
Do vazio que agora vinga
Das alegrias que já tiveras
Resta apenas a saudade que te abate
De teu lugar desconhecido
Que ainda não encontrastes!