Templo Hilarion
Templo de cura e verdade
Templo de cura e verdade
Aqui nasce a poeta!
Poesia cruel! Por que me insultas,
Ao revelar a dor do apaixonado,
Meu coração que a meio riso avultas,
E no semblante exibes, estrelado?
A mim, aos meus caprichos e mazelas,
Desejo a solidão de um quarto escuro.
Que sem lisonjas, morram! Pobres delas!
Mas isso tu não queres, queres ouro!
Muitas honras, adornos, mais encantos.
Pedinte, às deusas, dons do teu agrado,
E, a Zeus olhar por ti com dois mil santos.
Haurindo orgulhos dos templos de Creta,
Nas ricas peças ao teu pé sagrado,
Ali gravado: Aqui nasce a poeta!
Canoas, março de 2010