Soneto das Coisas Possíveis

Difuso e à beira do trompete

Sentimento nu, mascado de chiclete

Mascarado pierrô no elã do palco

A essência vil, cotovelo no talco.

Ao cílio desprotegido da morte

À cara feia

Segue a foca-baleia

No absorto período de corte.

Entremeada fenda, resquício cru

Polvilho seco e atropelado

Manhã da escória dos achados

Perdidos, opulento iglu.

Cresce na madeira de lei, o senhor cupim

A licitude na asa do jato, sonhado fim.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 15/08/2006
Código do texto: T217170
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