Soneto das Coisas Possíveis
Difuso e à beira do trompete
Sentimento nu, mascado de chiclete
Mascarado pierrô no elã do palco
A essência vil, cotovelo no talco.
Ao cílio desprotegido da morte
À cara feia
Segue a foca-baleia
No absorto período de corte.
Entremeada fenda, resquício cru
Polvilho seco e atropelado
Manhã da escória dos achados
Perdidos, opulento iglu.
Cresce na madeira de lei, o senhor cupim
A licitude na asa do jato, sonhado fim.