PORTA PEITORAL

PORTA PEITORAL

Degusto a minha história juvenil

Em doces pensamentos do passado.

Vejo nela o que nunca ninguém viu

E cresço dia a dia bem me amado.

Porém, odeio as tardes inseguras,

Quando em meu peito avisto o meu menino

Pintando em seus desenhos amarguras

De amanhãs que trouxera o meu destino.

E o vejo belo, sóbrio, mal amado...

Abre a porta de meu peito cansado,

Pinta as minhas retinas e calado

Arromba o meu olhar para o futuro...

Faz-me chorar um choro mal chorado;

Volta ao meu peito e tranca-se no escuro.

DOUGLAS GOMES CREMASCO
Enviado por DOUGLAS GOMES CREMASCO em 16/08/2006
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