Um soneto perdido

O sol... às vezes em raios sobejos

Cava palavras quentes de desejos

Em mim!... E ponho-me a pensar em nós

Deitada em sonhos... sozinha em lençóis

Ah, poeta!... Pulsa-me cheio de braços

O coração ainda! E há mil espaços

Para amar, mesmo se o sol adormece

Ora, à noite minha pele estremece!

Vês as flores de tempos seculares?

Sempre estão enfeitando portas de lares!

Mas se o amor não acredita... o sol esfria

Desmaia a cor... Morre-me a luz do dia!

Sou apenas mais um soneto perdido,

Uma ave sem pouso sem abrigo!...

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 04/04/2010
Reeditado em 04/04/2010
Código do texto: T2176037
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